CATA (Centro de Acolhimento Transitório e Adoção) Ouro Preto

O antigo UVZ/Bem-estar de Ouro Preto ( e antigo CCZ e carrocinha) é o local que ficam os animais recolhidos em vias públicas de nossa cidade.

Como qualquer outro abrigo de animais, ele quase sempre fica com sua capacidade máxima atingida, priorizando animais em risco (agressivos, idosos, filhotes, doentes, injuriados, lactantes).

A eutanásia não é feita em animais saudáveis e mesmo com problemas estruturais atuais, a ONG sempre trabalhou pela sua melhoria, durante quatro anos, sem apoio de nenhuma outra instituição local.

Nós, da Associação Ouropretana de Proteção Animal – AOPA, gostaríamos de informar sobre as atividades atuais que envolvem a instituição e os animais de pequeno porte tutelados pela Prefeitura Municipal de Ouro Preto – PMOP, foco do nosso trabalho, destacando nosso papel fiscalizador dentro de nosso município.

Trabalhamos em prol do coletivo animal, desde nossa criação em 2013, quando a AOPA, ainda era a única organização ouro-pretana, começamos os trabalhos no Canil em prol de maior bem-estar animal junto aos nossos profissionais e todo o voluntariado, depois que conseguimos cessar as eutanásias feitas em animais saudáveis como medida de controle populacional, na época. Tivemos o apoio institucional apenas do Fórum Animal, o qual somos filiados, para melhorar as condições e manejo dos animais que eram recolhidos em vias públicas.

Infelizmente, depois de 35 eventos e mais de 110 animais doados responsavelmente, 90% deles adultos devidamente vacinados e esterilizados com recursos da própria ONG AOPA, tivemos que protocolar a primeira denúncia no Ministério Público em julho de 2017, em busca de cumprimento de leis em todo o município e melhores condições de vida aos animais do Canil de Ouro Preto. Inclusive, outra instituição, da região, também protocolou meses depois, denúncias como nós fizemos.

Todos os animais que eram e são levados aos eventos de adoção da AOPA participam de um processo responsável, ou seja, que inclui autorização de deslocamento dos animais dentro do município para o local do evento, banho “pré-feira” nos animais do canil, escolhidos para os eventos pelos nossos voluntários (sempre às sextas-feiras anteriores ao evento), sanidade animal comprovada por um RT, médico veterinário devidamente cadastrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária e castração gratuita aos animais de todas as faixas etárias a serem doados, no mínimo. Atualmente, passamos a aceitar somente cães microchipados e com mais de 4 meses, devidamente imunizado (para que o esquema vacinal seja monitorado e feito completamente, e não parcial, como antes).

Fizemos os mutirões “Banhos e Carinhos” (inspirados no trabalho de nossa ONG amiga, Vidanimal ONG de Itabirito com seu “Banhos e Mimos”) no canil. Este projeto tem como propósito estabelecer relações positivas entre a população ouro-pretana e os animais do canil que vivem em sistemas de confinamento, proporcionando bem-estar a ambos. A higienização dos animais deve fazer parte de protocolos dentro do canil, realizado pelos funcionários que lá trabalham, mas não são suficientes para sociabilização dos animais e sensibilização da população ouro-pretana.

É para isso que lutamos. Para que os animais tenham condições mínimas de sobrevivência com o mínimo de manejo adequado dentro e fora de um canil.

Queremos deixar claro, que os últimos eventos de adoção da PMOP, principalmente em outro município, não tiveram o apoio da AOPA, por questões éticas e epidemiológicas. Mesmo que, aparentemente, a PMOP tenha se inspirado em nossas sugestões técnicas, quanto a escolha da empresa de microchipagem, e em nosso material usado no processo de adoção de nossos eventos (apresentamos um modelo do nosso material usado por nós à PMOP, como demonstração de boa fé e parceria, ainda no começo de 2017, quando fazíamos as feiras com os animais do canil).

Muitas pessoas ainda nos questionam por que não auxiliamos o canil de nossa cidade, diretamente, como fazíamos.

Infelizmente, nosso trabalho foi sobreposto por outra instituição e não podemos realizar atividades com a mesma autonomia que tínhamos antes, o que para nossos profissionais não é uma opção, pois respondemos por todo o nosso voluntariado, tecnicamente, também.

Os nomes dos cães foram trocados e mesmo indicando e mostrando como eram chamados, não vimos nenhum interesse expresso na nova gestão no CCZ – Centro de Controle de Zoonoses, que agora se intitula UVZ – Unidade de Vigilância de Zoonoses e Bem-Estar e na Secretaria de Saúde, em aprofundamento do nosso trabalho e nosso histórico.

Já existe um número de telefone de contato da PMOP para quem precisa de atendimento veterinário gratuito e recolhimento de animais em vias públicas, que foi nos concedido há pouco tempo para divulgação (031 9 8400 – 3505). Ainda não sabemos dos critérios, nem quais são os veterinários responsáveis por esse atendimento. Por isso, aconselhamos que liguem para sanar quaisquer dúvidas imediatas acerca desse serviço.

Mesmo que não auxiliemos diretamente o canil, não somos isentos de fiscalizar todo o trabalho que diz respeito ao coletivo animal de Ouro Preto. Como órgão fiscalizador, continuamos acompanhando os trabalhos feitos no canil da PMOP e em nossa cidade, foco de todo o nosso trabalho desde 2013.

O Termo de Ajuste de Conduta padrão foi assinado pela PMOP. A luta da AOPA é profunda e busca resultados concretos e mais duradouros. Nossos projetos são de longo e médio prazo. Só assim teremos números significativos em relação ao controle populacional e guarda responsável.

Esperamos que muitas Bias e Lipes tenham sua dignidade restaurada e muitos outros nem passem por atrocidades acometidas pela sociedade que tem que ser educada e punida por tanto maus tratos à vida animal. Que possamos viver harmoniosamente entre humanos e animais com os direitos e deveres cumpridos.

Agradecimento especial à população local e aos voluntários que são base de todo o nosso trabalho.

Fica na Rua da Antena, S/N, no bairro São Sebastião. Telefone: 3551-3891/ 031 9 8400 – 3505

Funcionamento:  de segunda a sexta-feira, das 10:30h às 15:30h

Antes de contatar o CATA é importante que:

Se o animal está doente, foi atropelado ou agredido, leve ao veterinário. Se você não tem dinheiro, tente fazer uma vaquinha com amigos e vizinhos. Em último caso, ligue para a Zoonoses. Eles são o órgão responsável por fazer o resgate.
• Se um cachorro ou gato for abandonado na sua rua e estiver saudável: Providencie a castração. Faça uma vaquinha com os vizinhos e vacine o animal. Faça um post em redes sociais e tente encontrar um dono (a ONG pode ajudar divulgando a publicação). Se não encontrar um lar, cuide do animal na rua mesmo. Não temos casa ou lar temporário para todos.
• Se uma ninhada for abandonada na sua rua, faça um post em redes sociais e tente encontrar um lar temporário. Todos os voluntários da ONG que podem oferecer lar temporário, já estão com a casa lotada de animais.

Faça sua parte! O trabalho da ONG é voltado, principalmente, para os eventos de adoção de cães provenientes de canis e a luta pela castração gratuita em nossa cidade. Temos os mesmos recursos que cada um de vocês e, infelizmente, não conseguimos atender todos os casos.